Este doce é a prova de que, com pouco, pode-se fazer muito.
Ouvimos duas versões diferentes sobre a sua origem. Há quem afirme que nasceu no meio rural, junto de famílias com poucas posses que, aproveitando as sobras da massa do pão e adicionando açúcar e canela em sete camadas, coziam-no nos fornos comunitários para, assim, terem um doce na mesa de Páscoa.
A outra versão conta que, não podendo comer o tradicional folar de carne na Quaresma, o povo criou um doce visualmente semelhante que em vez de carne tinha açúcar e canela.
Este doce demora uma média de 5 horas a fazer. O tempo de espera compensa! Porquê sete camadas, e não outro número, ninguém nos soube explicar, mas todos dizem que a Bola Doce Mirandesa tem de ter sete camadas. E é assim que ainda é feita nas melhores confeitarias de Miranda do Douro.
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This sweet proves that one can do much with little.
We heard two different versions about its origin. Some say it came to be in rural areas, where poor families would reuse left over bread dough, to which they would add some sugar and cinnamon in seven layers, and then they would bake it in communal ovens, so that they could have something sweet on their Easter table.
The other version says that, because humble folk could not have the traditional meat “folar” (a meat pie) in Lent, they created a visually similar sweet that had sugar and cinnamon instead of meat.
This sweet takes about 5 hours to make. Waiting for it pays off! Why seven layers and not some other number nobody could explain us, but everybody says that the Bola Doce Mirandesa must have seven layers. And that is how it is still made in the best confectioneries of Miranda do Douro.

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