No Ponto

TORTA DE BOLOTA

Chamamos bolota aos frutos da azinheira, do carvalho e do sobreiro. Antigamente, não era só para os animais. No Alentejo comia-se muito, assada ou cozida, pois era muitas vezes uma das poucas coisas que havia. Com a vinda de anos melhores, a bolota foi deixada para trás, como quem deixa por vergonha os trapos velhos dos tempos em que foi pobre.
Recentemente, este pequeno fruto ganhou novo fôlego com os actuais amigos da bolota, um conjunto de produtores que tem vindo a encomendar estudos, a procurar formas de transformação e a inventar receitas à base deste fruto outrora tão consumido.
A Sr.ª Isilda Ameixa é uma das doceiras mais criativas com a bolota, como fica comprovado com a torta que inventou e que comercializa no seu restaurante em Estremoz, a pizzaria JP, além de ter uma marca registada, a Dom Alentejo, através da qual produz uma grande variedade de doces, muitos dos quais com a recuperada bolota.
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We call “acorn” to the fruits of different evergreen oak trees. Many years ago the acorn wasn’t only for animal consumption. In the Alentejo people ate it a lot, either roasted or boiled, since it was at the time one of the few things they had to eat. With the coming of better years, acorns were left behind like discarded rags of an embarrassed former pauper.
Recently, this small fruit has gained new vigor with the contemporary friends of the acorn, a group of producers who has been ordering studies, investigating ways to transform it, and inventing recipes based on this fruit that was very used in the past.
Mrs. Isilda Ameixa is one of the most creative confectioners working with acorns, as one can confirm by learning about the torte she invented and that she sells at her restaurant in Estremoz, the pizzeria JP; also, she owns a trademarked brand, Dom Alentejo, with which she makes a big variety of sweets, many of which using the renewed acorn.

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