No Ponto

TIBORNA

Provavelmente já ouviram falar do pão quente embebido em azeite, ao qual chamam tiborna, que é costume fazer-se um pouco por todo o Alentejo e algum Algarve.
A tiborna que aqui vos mostramos é bem diferente. Encontramo-la também no Alentejo, mais precisamente em Vila Viçosa, mas é um doce e consiste em amêndoa, ovos, chila, canela, pão e açúcar para compor um pequeno bolinho escondido em papel de seda recortado e fita colorida. O recorte do papel para formar padrões e embrulhos festivos era uma arte que as mulheres praticavam, dentro e fora dos conventos, para vários efeitos e já a encontrámos de Norte a Sul do país.
Na Pastelaria Azul já fazem tibornas há mais de 30 anos. Uma senhora, D. Aurora, aprendeu nessa altura com as freiras do histórico Convento das Chagas de Vila Viçosa. Estas últimas, por sua vez, inspiraram-se nos doces de amêndoa do Algarve, pensa-se. Tantos anos depois, é difícil verificar esse ponto. Hoje, é o Sr. José António Rodrigues, que todos os dias embrulha estes pequenos presentes, a referência na produção da tiborna de Vila Viçosa.
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It is probably well-known in Portugal that “tiborna” is what they call bread soaked in olive oil, as they traditionally do in the Alentejo and partly in the Algarve.
The “tiborna” we are showing you here is very different. We can find it also in the Alentejo, more precisely in Vila Viçosa, but this is a sweet and it consists in almonds, eggs, fig-leaf gourd, cinnamon, bread, and sugar, composing a small cake hidden in cut-up silk paper and colored string. The cut-up motifs and the festive wrapping was an art in which women were engaged for various ends, in and out of convents, and we found this art from the North to the South of Portugal.
In Azul pastry shop they make tibornas since more than 30 years ago. A lady called Aurora learned around that time with nuns from the historic Convent of the Stigmata in Vila Viçosa. The latter, in turn, got their inspiration from the almonds sweets from the Algarve, or at least that’s what people think. It is difficult, so many years later, to verify the matter. Today, it is Mr. José António Rodrigues, who every day wraps these small gifts, the main man producing the tiborna of Vila Viçosa.

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