Anabela Capinha herdou da sua bisavó a receita do bolo baptizado com o seu nome de família, uma receita que terá pelo menos 135 anos. Mantém o negócio e é a cara do estabelecimento, recebendo os clientes sempre com simpatia e boa disposição. A massa da capinha d’Óbidos é trabalhada à mão e leva ovos, limão, manteiga e especiarias variadas. Depois, os bolos cozem em forno a lenha.
Anabela refere que, no passado, este doce era um bolo dos casamentos naquela região. De facto, em toda a chamada zona oeste era costume a noiva, no seu casamento, oferecer um bolo em forma de ferradura (as receitas variam) aos convidados, tirando para si um pedaço que guardava. Seria para dar sorte ao seu casamento. Por nós, o melhor mesmo é comê-lo.

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Anabela Capinha inherited from her great-grandmother the recipe for this cake, which was named after her family surname. The recipe has been with the family for at least 135 years. Anabela maintains the business and she is the face of the establishment, where she always welcomes guests with affection and good mood. The dough of the capinha d’Óbidos is kneaded by hand and it is mixed with eggs, lemon zest, butter and a variety of spices. Afterwards, the cakes bake in a wood-fired oven.
Anabela mentions that, in the past, this sweet was a cake for weddings in the region. In effect, in the so-called “oeste” area, tradition dictated that the bride would offer a cake in the shape of a horseshoe (recipes vary) to the wedding guests, and she would take a piece for herself, which she would safely keep. It was for good luck in her wedding. That aside, better not waste it and eat it fast.

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