Há quem ainda se lembre no Entroncamento da pastelaria Ribatejo, hoje fechada, onde era servido um doce chamado ferroviário. A Sr.ª Ilda Jesus Boavida, que entrou no negócio aos dezassete anos, explicou-me como eram as coisas nessa época, há mais de sessenta anos atrás, no Entroncamento. Nas minhas viagens pelo centro do país em busca de doces, adoro conhecer estas pessoas generosas, com muitos anos de trabalho e de histórias para contar.
Durante anos, o ferroviário desapareceu com o fecho da pastelaria. Porém, recentemente, a Escola Profissional Gustave Eiffel, no seu pólo do Entroncamento, recuperou a receita, criou uma imagem de marca, uma embalagem e enquadrou o doce na memória de comboios e maquinistas que ainda vive fortemente na cidade. O pastel em si é excelente e fazem-no na Gustave Eiffel com zelo e técnica perfeita. Vá de comboio e experimente.

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There are still those who remember the pastry shop Ribatejo in Entroncamento, which is now closed, where a sweet called “ferroviário” was served. Mrs. Ilda Jesus Boavida, who entered the business at the age of seventeen, explained to me how things were at that time, more than sixty years ago, in Entroncamento. In my travels around the middle area of the country in search of sweets, I love meeting these generous people with many years of work and stories to tell.
For years, the “ferroviário” disappeared along with the pastry shop. But recently, the Gustave Eiffel Vocational School, at its Entroncamento unit, recovered the recipe, created a brand image, a packaging and placed the sweet in the context of the memory of trains and train operators, which is still strong in the city. The pastry itself is excellent and they do it at Gustave Eiffel with zeal and perfect technique. Take the train and go try it.

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