“É um doce que não leva açúcar”, explica a doceira Augusta Maria Barranha. De facto, a queijada que é feita em Carapito, à qual as gentes desta freguesia de Aguiar da Beira também chamam queijada de S. Pedro, não contém nenhum adoçante. No entanto, a queijada é por aqui considerada um doce, ou pelo menos um bolo. O caso é muito semelhante ao dos fálgaros de Sernancelhe. São ambos bolos considerados doces, embora sem açúcar ou mel, e levam essencialmente farinha, muito queijo e muitos ovos. Infelizmente, fora de Aguiar da Beira pouca gente conhece esta queijada, que começa a ficar em perigo de desaparecer, assim como outros doces da doçaria popular portuguesa. É pena, não só pelo doce, mas pelo sítio. Carapito é uma aldeia rústica, com casas e caminhos de pedra, e a zona envolvente é belíssima. Recomenda-se a casa de turismo rural de Augusta Maria Barranha, o Terreiro de Santa Cruz, onde pode aproveitar para comer queijadas acabadas de sair do forno.

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“It’s a sweet with no sugar”, the confectioner Augusta Maria Barranha explains. In effect, the “queijada” made in Carapito, which the people in this parish of Aguiar da Beira also call “queijada of Saint Peter”, has no sweet element. However, it is considered a sweet in these parts, or at least a cake. The situation here is very similar to the case of “fálgaros” in Sernancelhe. Both are cakes taken as sweets, even though none have sugar or honey, and they are made essentially of flour, lots of cheese and lots of eggs. Unfortunately, outside Aguiar da Beira few people know about this “queijada”, which is starting to disappear, along with other sweets from the Portuguese folk traditions. It’s a pity not only for the cake, but also for the place. Carapito is a rural village with stone houses and pavement and the surrounding area is beautiful. We recommend the rural turism house of Augusta Maria Barranha, the Terreiro de Santa Cruz, where you can have the “queijadas” hot from the oven.

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