Sabe-se que este doce fechado em trouxinha terá sido confeccionado no Convento dos Remédios, em Braga. Nos livros de despesa do Mosteiro de Tibães, desde o início do séc. XVIII, existe menção à compra de “pastéis dos Remédios”, ou simplesmente “pastéis”, que seria este doce feito no Convento dos Remédios e que os monges de Tibães encomendavam por altura das festas de São Bento. Mais adiante no séc. XVIII, começa a aparecer a expressão “viúvas dos Remédios” aplicado ao doce. No séc. XX, o doce desapareceu, deixou de ser confeccionado e a receita pareceu perdida.
Mais recentemente, em 2013, com a ajuda de estudos a livros de despesa e a livros de receitas de particulares, chegou-se às viúvas de Braga que hoje temos. Trata-se de uma massa feita de manteiga, farinha, ovos e leite, com um recheio de açúcar, gemas de ovo e amêndoa. As viúvas são laboriosamente embrulhadas em papéis recortados e fechados com fitinhas azuis e amarelas.

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This sweet wrapped pastry is known to have been made at the Convent of Remédios, in Braga. In budget books of the Monastery of Tibães, since the beginning of the XVIII century, the purchase of “pastéis dos Remédios”, or simply “pastéis”, is mentioned, which must have been this sweet they made in the Convent of Remédios and that the monks of Tibães would purchase around the time of the celebrations of St. Benedict. Later in that century, the expression “widows of Remédios” began to be applied to the sweet. In the XX century, the sweet disappeared; it was no longer made and the recipe seemed lost.
More recently, in 2013, with the help of studies on budget books and private recipe books, the widows of Braga that we have today came to be. The dough is made of butter, flour, eggs and milk, and the filling consists of sugar, egg yolks and ground almonds. The widows are laboriously wrapped in cut-out papers, which are folded and closed with blue and yellow ribbons.

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